A preservação ambiental tem se tornado um pilar fundamental para a indústria moderna e, nesse contexto, o tratamento de efluentes industriais emerge como uma prática indispensável.
Além de atender às exigências legais, esse processo desempenha um papel crítico na conservação dos recursos hídricos, na proteção da biodiversidade e na promoção de uma imagem corporativa positiva.
Mas quais as etapas dessa modalidade? Como tornar a atividade mais simples na sua empresa? Continue conosco para descobrir.
A importância do tratamento de efluentes industriais
Primeiramente, é importante lembrar que quando os efluentes industriais não recebem o tratamento adequado eles podem contaminar rios, lagos e reservatórios de água, colocando em risco a fauna, a flora e a saúde humana. Logo, o tratamento se torna indispensável para evitar que poluentes químicos, físicos e biológicos sejam despejados de forma inadequada no meio ambiente.
Além disso, a legislação ambiental brasileira é rigorosa e estabelece uma série de diretrizes para empresas geradoras. Hoje, já existem normas municipais, estaduais e federais que ditam os processos adequados e ainda impõem multas, embargos e outras penalidades para quem descumpre o que está estabelecido. Ou seja, negligenciar essa atividade é também negligenciar o próprio negócio, já que haverá danos financeiros, operacionais e de imagem.
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Principais métodos e etapas do tratamento de efluentes industriais
Mas então, como impedir todos os prejuízos citados? Bem, o processo de tratamento de efluentes industriais envolve diferentes métodos e etapas, cada um com funções específicas para remover contaminantes, garantir que o resíduo tratado atenda às normas vigentes e impedir que haja qualquer dano aos recursos naturais.
Cada tipo de efluente exige uma análise adequada para determinar os métodos necessários, mas em suma, as etapas que podem ser aplicadas em cada caso são essas:
Tratamento biológico
O tratamento biológico de efluentes utiliza microrganismos, como bactérias e fungos, para degradar matéria orgânica e poluentes presentes na água, podendo acontecer tanto no modelo aeróbio, quando há oxigênio disponível para a decomposição; quanto anaeróbio, quando ocorre em ausência de oxigênio.
Esse método é amplamente utilizado por sua eficiência na remoção de carga orgânica e nutrientes, tendo como principais etapas:
Tratamento Primário
No tratamento primário, o objetivo é remover sólidos grosseiros e objetos flutuantes que comprometem as etapas seguintes. Essa fase inclui:
- Gradeamento: remoção de materiais sólidos maiores, como plásticos, galhos e pedras.
- Desarenação: separação de areia e outros sólidos minerais pesados.
Tratamento Secundário
Depois, ocorre a remoção de outros sólidos suspensos que não foram retirados anteriormente, além da redução da carga orgânica do efluente, utilizando processos biológicos baseados na ação de microrganismos. As principais técnicas utilizadas são:
- Coagulação e floculação: aplicação de produtos químicos para aglutinar partículas finas, facilitando sua remoção.
- Decantação: utiliza-se a gravidade para sedimentar partículas sólidas no fundo do tanque.
Tratamento Terciário
Por fim, no tratamento terciário, ocorre o “polimento” do efluente, eliminando as últimas substâncias químicas remanescentes. As principais tecnologias aplicadas incluem:
- Filtração avançada: remoção de partículas residuais através de filtros de areia, carvão ativado ou membranas de ultrafiltração.
- Desinfecção: uso de cloro, radiação ultravioleta (UV) ou ozônio para eliminar microrganismos patogênicos.
Tratamento físico-químico
Por outro lado, o tratamento físico-químico combina processos físicos e químicos para retirar poluentes da água, sendo extremamente eficaz na remoção de metais pesados, óleos, graxas e outras substâncias tóxicas.
Assim como o método biológico, nesse caso também há uma fase para remoção de sólidos grosseiros, mas posteriormente, as etapas mudam. Algumas abordagens comuns adotadas no tratamento físico-químico são:
- Oxidação química: este procedimento envolve a adição de agentes oxidantes, como o cloro ou o ozônio, para transformar substâncias contaminantes em formas menos tóxicas ou inofensivas. Ele é usado para remover solventes ou corantes, por exemplo.
- Precipitação química: consiste na adição de substâncias químicas que formam compostos insolúveis, chamados de precipitados, que podem ser removidos do efluente por filtração ou decantação. É uma técnica muito útil para eliminar substâncias, como o cádmio e o chumbo.
- Redução química: neste princípio, um agente redutor é adicionado ao efluente para reduzir compostos químicos, especialmente aqueles que têm oxidação elevada, como os metais pesados. A redução transforma esses compostos em formas menos tóxicas ou em estado sólido, que também podem ser removidos da água posteriormente.
- Quebra ácida: por fim, este é um processo que envolve a adição de ácidos para decompor compostos complexos, sendo geralmente aplicado em casos de resíduos que contêm compostos ácidos ou que precisam de ajuste de pH para facilitar a remoção de contaminantes.
Leia também: Eficiência e Sustentabilidade: O Papel Vital das Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) na Indústria
Por que o tratamento de efluentes é uma decisão estratégica?
Independente do método, o tratamento de efluentes é uma prática vital para a preservação ambiental, a conformidade legal e o sucesso econômico das empresas.
Complementarmente, com as tecnologias avançadas disponíveis, as indústrias têm a oportunidade de transformar a gestão de efluentes em um diferencial competitivo e uma contribuição significativa para o seu próprio desenvolvimento.
Sintetizando tudo isso, os benefícios de tratar resíduos adequadamente incluem:
Redução de custos operacionais
A reutilização de água tratada diminui a necessidade de captação de novos recursos hídricos.
Aproveitamento de subprodutos
Substâncias recuperadas, como lodo, podem ser reaproveitadas em outros processos industriais. Além disso, também há casos em que é possível reutilizar o efluente tratado para outras atividades, como lavagens e limpezas internas.
Conformidade legal
Evita multas e sanções ambientais, promovendo a segurança jurídica da empresa.
Imagem corporativa positiva
Empresas comprometidas com a sustentabilidade têm maior aceitação social e competitividade no mercado.
Além disso, quando se conta com parceiros especializados, como a Carbono, ainda é possível potencializar todos esses ganhos. Contando com uma planta própria e estrategicamente posicionada para fácil acesso às principais rodovias do país, oferecemos soluções ágeis e eficientes para empresas de diversos setores que buscam eficiência no tratamento de efluentes físico-químico.
Nossos serviços incluem um suporte completo, desde a obtenção do CADRI até o gerenciamento diário das operações, como o agendamento, transporte, tratamento e emissão dos certificados de destinação final, garantindo conformidade e rastreabilidade para o seu negócio.
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