
A sustentabilidade vem ganhando cada vez mais destaque no setor industrial brasileiro, especialmente no que se refere ao tratamento de resíduos líquidos.
Hoje, esse tema é essencial para o cumprimento das regulamentações ambientais e para a preservação dos recursos hídricos, promovendo um futuro mais sustentável. Porém, a primeira etapa desse processo é conhecer os tipos de efluentes gerados pelas indústrias no Brasil, afinal, só a partir dessa informação é possível entender suas características e adotar estratégias eficazes para o seu tratamento.
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O Que são efluentes industriais?
Primeiramente é importante lembrar que se enquadram em efluentes industriais todos os resíduos líquidos gerados por diferentes atividades produtivas, como processos de lavagem, resfriamento, coloração, etc.
Esses líquidos costumam conter substâncias que podem impactar negativamente o meio ambiente e a saúde pública se não forem tratados corretamente. Entre as mais comuns, destacam-se metais pesados, como chumbo, cádmio e mercúrio; compostos orgânicos, como óleos, gorduras e detergentes, e produtos químicos perigosos, como ácidos, bases, solventes e corantes.
Além disso, a maioria dos resíduos também podem possuir altas concentrações de nutrientes, como nitrogênio e fósforo, que contribuem para a eutrofização de corpos d’água, evidenciando o quão grande é o seu impacto no meio ambiente.
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Principais tipos de efluentes gerados pelas indústrias brasileiras

Considerando o cenário brasileiro, hoje existem 2 tipos de efluentes que são gerados pelas empresas. As principais diferenças residem na sua composição e nos segmentos que comumente geram cada categoria. Veja só:
1. Efluentes químicos
Efluentes químicos são resíduos líquidos provenientes de processos industriais ou atividades que envolvem o uso de substâncias químicas. Esses efluentes geralmente contêm componentes como solventes, ácidos, bases, metais pesados, óleos, tintas, detergentes e outros produtos químicos que podem ser prejudiciais ao meio ambiente.
A classe é conhecida por possuir alto potencial de contaminação, tanto para corpos d’água quanto para o solo, caso não sejam devidamente tratados. Além disso, devido às suas características, podem ser corrosivos, inflamáveis ou reativos, exigindo tratamentos específicos que incluem neutralização, precipitação química ou até adsorção em carvão ativado.
Entre os setores que mais geram esse tipo, estão:
Indústrias químicas
Indústrias químicas, farmacêuticas e petroquímicas estão entre as maiores geradoras de efluentes químicos, compostos por uma ampla gama de substâncias potencialmente perigosas. Esses resíduos frequentemente contêm solventes orgânicos, além de ácidos fortes, como o sulfúrico e nítrico.
Indústrias têxteis
Os efluentes das indústrias têxteis são similarmente conhecidos por sua complexidade e elevada carga de poluentes, mas nesse caso, a composição dos resíduos é dada por corantes sintéticos, que são difíceis de se degradar, e por outras substâncias usadas em etapas de tingimento, fixação de cores e acabamento, como sais metálicos, peróxidos e amaciantes químicos. Também pode existir a presença de substâncias tóxicas, como metais pesados utilizados em certos tipos de corantes (ex.: cromo e cobre), que elevam ainda mais o impacto ambiental se não houver uma gestão rigorosa.
Indústrias metalúrgicas
Por fim, temos os efluentes das indústrias metalúrgicas, que estão entre os mais perigosos devido à presença de mercúrio, chumbo, cádmio, arsênio e zinco, que não se degradam naturalmente no ambiente. Além disso, os resíduos líquidos do setor ainda podem conter óleos minerais, graxas, sais e resquícios de outros produtos químicos usados em processos de galvanoplastia, têmpera e usinagem. Uma característica bem particular é que o pH desses efluentes pode ser extremamente ácido ou alcalino, exigindo neutralização antes do descarte.
2. Efluentes biológicos
Por outro lado, os efluentes biológicos são resíduos líquidos gerados principalmente por atividades que envolvem matéria orgânica de origem biológica e tem como resultados restos de alimentos, resíduos humanos ou animais, e microorganismos.
Embora esses efluentes tenham menor potencial tóxico imediato em comparação aos químicos, sua decomposição inadequada pode levar à proliferação de patógenos, além de causar impactos ambientais significativos, como a eutrofização de corpos d’água.
É comum encontrar esse tipo em:
Indústrias do setor alimentício
Negócios que atuam no setor alimentício também geram grandes volumes de efluentes líquidos, mas esses costumam possuir um caráter orgânico, em função de processos como lavagem, cozimento, processamento de alimentos e descarte de subprodutos. Na composição, é possível encontrar óleos e gorduras, carboidratos, proteínas e uma alta carga de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e demanda química de oxigênio (DQO), que indicam o potencial de poluição do efluente.
Agroindústrias
As agroindústrias também são grandes geradoras de efluentes biológicos devido ao processamento de matérias-primas agrícolas, como carnes, leite, frutas, vegetais e grãos. Durante atividades como abate, limpeza de instalações, processamento e armazenamento, são produzidos resíduos líquidos com alta carga orgânica, incluindo restos vegetais, resíduos de lavagem e subprodutos do processamento.
Como evitar que esses tipos de efluentes causem danos ao meio ambiente e à sua empresa?
Compreender os diferentes tipos de efluentes líquidos gerados pelas indústrias brasileiras é fundamental para implementar estratégias de tratamento eficazes, afinal, ao priorizar a gestão responsável desses resíduos, as empresas não apenas garantem o cumprimento das regulamentações ambientais, mas também demonstram seu compromisso com a sustentabilidade.
Uma forma de tornar esse gestão mais assertiva é contar com parceiros especializados no assunto, como a Carbono. Contando com uma planta própria e estrategicamente posicionada para fácil acesso às principais rodovias do país, oferecemos soluções ágeis e eficientes para empresas de diversos setores que buscam eficiência no tratamento de efluentes industriais.
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