
O tratamento de efluentes se tornou uma prática essencial para empresas e indústrias de diversos setores que buscam cumprir suas metas ambientais, atender à legislação vigente, elevar a eficiência de suas operações e se manter competitivas no mercado.
Porém, diante de uma crescente pressão por parte de autoridades regulatórias e pela sociedade, as organizações precisam adotar soluções que realmente sejam eficazes para minimizar os impactos ambientais de suas atividades; e nesse cenário, duas opções se destacam: o tratamento biológico e o tratamento físico-químico.
Com a variedade de segmentos e de fontes geradoras, é comum que os resíduos líquidos tenham características distintas, exigindo métodos específicos para neutralizar sua carga poluidora e garantir que eles não afetarão negativamente os canais aquáticos.
Mas o que muda entre essas opções? Como saber quando aplicar cada uma? É o que você vai descobrir aqui conosco.
Conhecendo o tratamento biológico e o tratamento físico-químico
O primeiro passo para fazer uma escolha assertiva é entender a fundo cada método. Isso porque, eles se baseiam em técnicas distintas, possuem complexidades diferentes e podem gerar outros resíduos derivados ao final do processo.
Em suma, existem 3 principais diferenças entre esses tratamentos:
Os mecanismos aplicados
O tratamento biológico baseia-se na ação de microrganismos, como bactérias e fungos, que decompõem a matéria orgânica presente nos efluentes. Na prática, esses organismos utilizam a matéria orgânica como fonte de energia, transformando-a em substâncias mais simples e menos prejudiciais, como dióxido de carbono (CO₂), água e lodo biológico.
Exemplos de processos comuns nesse caso incluem os lodos ativados, nos quais os efluentes são aerados para estimular o crescimento dos microrganismos, e os reatores anaeróbicos, onde microrganismos decompõem a matéria orgânica em ambientes sem oxigênio, podendo gerar o biogás como subproduto.
Em contrapartida, o tratamento físico-químico combina processos físicos e químicos para remover partículas sólidas e dissolvidas, metais pesados, óleos, graxas e outras substâncias específicas. Nesse método, normalmente produtos químicos, como coagulantes e floculantes, são utilizados para aglutinar partículas menores, formando flocos maiores que podem ser removidos por processos de decantação e filtração.
Algumas fases desse método são justamente a coagulação e floculação, onde substâncias químicas unem partículas em suspensão, formando flocos que sedimentam; além de haver também a precipitação química, que transforma contaminantes dissolvidos em sólidos removíveis.
A complexidade operacional
A complexidade e os ganhos de cada opção é mais um fator que os diferencia.
O tratamento biológico, por exemplo, requer um menor uso de insumos químicos e como dissemos, em alguns casos, pode gerar biogás para ser utilizado como fonte de energia. No entanto, esse processo pode demandar mais tempo, especialmente para efluentes com altas cargas de poluentes, além de exigir um monitoramento constante de fatores como temperatura, pH e oxigênio, para garantir a eficiência da atividade microbiana.
Por outro lado, o tratamento físico-químico tem como uma grande vantagem a rapidez na remoção de certos tipos de contaminantes e a eficácia em tratar poluentes específicos, como resíduos que possuem chumbo, mercúrio, cádmio, arsênio, cromo, níquel e outros metais tóxicos. Contudo, a dependência de reagentes químicos pode elevar os custos operacionais, principalmente se o tratamento for feito internamente.
Os resíduos gerados
Independente da opção escolhida, ambos os tratamentos produzem lodo ao final do processo, mas com características e quantidades distintas.
O volume de lodo resultante do tratamento biológico costuma ser maior, além de que ele é rico em matéria orgânica e pode ser reaproveitado para compostagem, dependendo de sua qualidade. Já o lodo físico-químico, embora gerado em menor quantidade, contém um percentual superior de substâncias nocivas, o que pode dificultar seu reaproveitamento e exigir um descarte controlado para prevenir danos ambientais.
Leia também: Gestão de efluentes industriais: desafios e soluções para um futuro sustentável
Tratamento biológico x tratamento físico-químico: quando cada opção é indicada?

Como você pôde ver, estamos tratando de opções bem diferentes e isso também faz com que elas se apliquem para efluentes de fontes específicas e com determinadas características em sua composição.
Mas embora cada resíduo industrial precise ser avaliado individualmente para determinar a escolha correta, é possível antecipar o tipo de tratamento cabível a partir de algumas características. Veja só:
Tratamento biológico
O tratamento biológico é indicado para efluentes com alta carga de matéria orgânica biodegradável, em que microrganismos podem decompor os resíduos de forma eficiente. Na prática, ele costuma ser amplamente aplicado para esgotos domésticos e chorume, por exemplo, que possuem um elevado teor orgânico.
Também é comum em indústrias alimentícias e alguns tipos de agroindústrias, que geram grandes volumes de resíduos provenientes de processos como lavagem, preparação e processamento de alimentos.
Tratamento físico-químico
Já o tratamento físico-químico é mais indicado para efluentes com contaminantes não biodegradáveis que inibem a atividade microbiana, como metais pesados, óleos e graxas, compostos químicos e corantes. Esse método é amplamente utilizado em indústrias têxteis, cujos resíduos frequentemente contêm substâncias que resistem à decomposição natural; e em indústrias metalúrgicas e de mineração, onde entra como uma opção essencial para remover óleos, graxas e outros tóxicos que oferecem riscos severos ao meio ambiente e à saúde humana.
Além disso, indústrias químicas que geram efluentes com de alta complexidade, como petroquímicas, farmacêuticas e tinturarias, também tendem a adotar o tratamento físico-químico para garantir a remoção eficiente dos poluentes.
Como aplicar o método de tratamento de efluentes mais adequado?
Mesmo que possuam essas aplicações mais comuns, a escolha final do método mais adequado depende de um conhecimento técnico avançado e algumas etapas importantes, como análises de amostras e testes de tratabilidade ⎯ o que, nem sempre, são tarefas fáceis.
Enquanto as análises visam compreender a composição química, física e biológica do material, os testes de tratabilidade em laboratório têm o objetivo de verificar quais técnicas são mais eficazes para remover os contaminantes, levando em conta não só as características, mas também os custos e as alternativas para descarte dos resíduos pós tratamento.
É justamente em função desses fatores que contar com parceiros especializados se torna uma saída eficiente. Isso porque, além de realizar todas as etapas mencionadas, eles garantem a conformidade regulatória, o uso de tecnologias de ponta e a adoção de práticas sustentáveis.
A Carbono, por exemplo, oferece serviços completos que abrangem todo o ciclo ⎯ da coleta das amostras até os testes, tratamento e descarte final ⎯, assegurando que a sua empresa gerencie seus resíduos de maneira adequada, esteja em conformidade com as normas ambientais e continue operando de maneira responsável e eficiente.
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