Provenientes das atividades produtivas de fábricas e indústrias, os efluentes industriais são conhecidos pelo seu potencial de causar sérios danos aos recursos naturais, à saúde humana e à biodiversidade – tanto que, hoje, o tratamento adequado desses resíduos é um dos principais desafios ambientais enfrentados pelo Brasil.
Porém, com o crescente foco na sustentabilidade e o fortalecimento das legislações ambientais, vemos muitas empresas buscando maneiras de equilibrar o desenvolvimento econômico com a proteção do meio ambiente, mas o sucesso dessa iniciativa é pautado, primeiramente, no conhecimento.
Tudo deve começar no entendimento da importância da gestão eficiente dos efluentes, das legislações que regem esse tema no país, dos principais desafios enfrentados e das soluções sustentáveis que já estão disponíveis para negócios dos mais diversos segmentos.
Quer entender mais sobre cada um desses pontos? Então continue a leitura conosco.
O que são efluentes industriais e quais os seus impactos no meio ambiente?
Os efluentes industriais são líquidos residuais gerados durante os processos de fabricação e produção industrial. Esses resíduos podem conter uma grande variedade de substâncias poluentes, como metais pesados, produtos químicos tóxicos, óleos e gorduras, além de nutrientes em excesso, como nitrogênio e fósforo.
Se não encaminhados para tratamento adequado e descarregados em corpos hídricos, os efluentes passam a contaminar rios, lagos e o solo, o que pode levar à degradação da qualidade da água, comprometendo a vida aquática e expondo comunidades inteiras a riscos para a saúde.
Isso acontece porque essa contaminação afeta diretamente os ecossistemas, poluindo não só a água, mas também as terras ao redor e o ar local. Isso resulta em uma perda significativa da biodiversidade, uma vez que organismos vivos – como peixes, plânctons, etc – são extremamente sensíveis a mudanças na qualidade do ambiente. Para a população próxima a áreas industriais, a água poluída que seria utilizada para consumo, irrigação e outras atividades essenciais, também torna-se imprópria.
Em suma, o impacto ambiental negativo do descarte de efluentes se expande para a cadeia de produção, afetando a agricultura, a pesca e o turismo, setores que dependem de um ambiente saudável.
Quais as legislações e políticas públicas no Brasil para a gestão de efluentes?
Em função de todos os danos que pode causar, desde o final da década de 90 a gestão de efluentes industriais no Brasil passou a ser regida por uma série de leis e normas. A principal delas é a Lei Federal nº 9.605/1998, também conhecida como a Lei de Crimes Ambientais, que estabelece penalidades rigorosas para empresas que causarem danos ao meio ambiente.
Além disso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e a Agência Nacional de Águas (ANA) desempenham um papel fundamental ao definir os padrões de emissão e as diretrizes de tratamento para diferentes setores industriais, como a Resolução CONAMA nº 430, que dispõe sobre condições, parâmetros e padrões para gestão do lançamento de efluentes em corpos d’ água receptores.
Ainda em âmbito nacional, o Brasil implementou, em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece regras claras para a gestão e o descarte de sólidos. A PNRS incentiva a redução, a reutilização e a reciclagem, exigindo que as indústrias adotem sistemas de tratamento eficientes e realizem monitoramento regular.
Por fim, temos também a chamada “Lei das Águas” ou PNRH. A Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997) estabelece instrumentos para a gestão dos recursos hídricos de domínio federal (aqueles que atravessam mais de um estado ou fazem fronteira) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Dentre outros fatores, essa normativa estabelece que está sujeito a outorga pelo Poder Público o direito do seguinte uso de recursos hídricos: “lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final”.
Desafios e soluções para a gestão de efluentes industriais
Embora as regulamentações sejam rígidas, a gestão de efluentes industriais ainda é tida como um desafio e, um dos principais obstáculos, é a falta de infraestrutura adequada em muitas regiões. Empresas, especialmente as de menor porte, lidam com dificuldades para implementar tecnologias de tratamento avançadas devido aos altos custos e à complexidade dos sistemas necessários.
Além disso, o crescimento acelerado da atividade industrial e da urbanização intensifica a pressão sobre os sistemas de gestão de resíduos. A fiscalização também pode ser limitada, o que aumenta os riscos de descarte inadequado de efluentes industriais.
Mas felizmente, nos últimos anos, o Brasil tem registrado avanços importantes na inovação tecnológica para o tratamento de efluentes industriais. Soluções como os métodos físico-químicos, que envolvem processos de coagulação, floculação e oxidação, têm ganhado espaço. Essas tecnologias são eficazes na remoção de poluentes e na restauração de áreas contaminadas.
Outra abordagem promissora é a implementação de sistemas de reuso e reciclagem de efluentes, que permitem que as indústrias reutilizem a água após o tratamento, reduzindo a demanda por recursos hídricos naturais e minimizando o impacto ambiental.
Qual o papel de um parceiro experiente no tratamento e destinação adequada dos efluentes?
A pressão por práticas mais sustentáveis não vem apenas das regulamentações governamentais. As empresas estão cada vez mais conscientes de que a adoção de políticas de sustentabilidade e de responsabilidade social corporativa pode trazer benefícios tangíveis para sua imagem e seus negócios.
Indústrias que integram a gestão eficiente de efluentes industriais em sua cultura empresarial não apenas atendem às exigências legais, mas também demonstram seu compromisso com a proteção ambiental e com o bem-estar das comunidades onde operam.
Nesse cenário, contar com um parceiro experiente na gestão de efluentes, como a Carbono, é essencial para garantir a eficiência dos processos de tratamento, bem como as soluções adequadas para cada caso.
Isso se dá porque um especialista na área pode fornecer as melhores soluções tecnológicas, ajudar a cumprir as regulamentações e assegurar que as indústrias adotem as práticas mais avançadas e sustentáveis.
Na prática, a Carbono oferece todo o suporte na gestão de efluentes, desde a obtenção do CADRI até o gerenciamento diário das operações, incluindo o agendamento, transporte, tratamento e a emissão do certificado de destinação final. Nossa equipe experiente aplica tecnologias de alta eficiência no tratamento, assegurando a sua melhor escolha.
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